Fogo que arde sem se ver

Como é que um jantar de amigas se tornou tão sério, onde o sentimento de ordem foi “descontentamento”?

Foram aparecendo uma a uma, com aquele ar de “derretimento”de fim de dia de trabalho, com cabelos já desalinhados, os sapatos a arrastar, olhos a precisar de almofada…cada uma a bufar para seu lado, por causa do chefe, do namorado, dos clientes que só reclamam, da falta de trabalho… todas elas e os ditos chefes, namorados e clientes, todos descontentes.

Não fui à manifestação de 12 de Março mas a minha solidariedade e companheirismo esteve com os “camaradas” presentes. Para onde estamos a caminhar? Qual o nosso futuro? Será que há algum face tanta adversidade? Estamos mesmo à rasca…

E os temas andaram todos à volta do mesmo, até que fomos salvas por uma “Popota Bombeira”, que arrancou uma gargalhada em uníssono. E nesse instante, nessa breve visão de desenho animado de alguém que não teme expor as curvas (e que grandes que eram!) dentro (e fora e pelos lados, por todos os lados!) de um trapito de um corpo outrora mais…reduzido, quiçá…, nesse instante lembramo-nos que os jantares de amigas são para isso mesmo, umas boas gargalhadas, para uns momentos de descompressão.

Viva às 5as feiras das “bombeiras” que vão ao shopping, prontas para acender chamas por este Portugal, e que ainda conseguem proporcionar momentos hilariantes num ciclo de amigas cansadas, desalinhadas e desanimadas: VIVA!